O OLHAR DE UM CÃO

25-02-2010 11:45

 

 

                               

Meu Cão me Olha . Olha

Como se estivesse com medo ;

Como Querendo me timidar argutamente ;

Como um tentar Dizer Algo me o Qual Não Saiba Sobre ELE.

Mas , então, eu, do alto da Minha jactante e mentecapta

Racionalidade ,

Não Consigo discerni - lo , compreendê- lo um bem da verdade :

A bem da verdade, compreendê- lo Quanto a Viagem da semântica de sabiá SUA e magicamente enigmatica

Mensagem !

Daí, Ele sai e Volta

Tal intermitente Processo UM e desordenado :

Perfeito em Ordem Caótica SUA . Perfeito Seu ciclo em

Estanquemente contínuo, interminável !

Ah, Mas Neste entreato ,

O Mesmo perscruta Outras paisagens : nuanças uniformes

De Cenário Mesmo um.

Ah Todavia , Toda Mão

Que Ele me enseja Este Olhar ,

Sou inundado Por Uma tsunâmica Impressão :

Impressão profunda ! Ah, Que Minha Pessoa

De emoção derruba .

Fico perplexo Como o Mesmo em minh'alma penetra ,

Até então impermeável , inalienável , intacta , sem mácula , Incorrupta !

Em Resposta , tão Consigo dar LHE

O Meu açaimar Por conta da incompreensão Que Tenho

Sobre Aquele Olhar Que Ele me Lança .

Ah, Aquele Olhar me fascina ! Não, não É Aquele Olhar apenas,

Mas sim, Olhar Este. Sim, Exatamente , Olhar este, PORQUE , AO Ressonar em Minha cabeça , me desassossega e desorienta !

 

 

 

Ah, Mas Este Olhar emudeceu -me Completamente uma pretensa Percepção Que julgava Possuir Em relação à fauna.

Ah Olhar , Este: O OLHAR DE UM CAO doe- me N'ALMA !

Ah, sim, Toda Mão Que Os Meus Olhos COM OS SEUS se deparam ,

Este Seu Olhar esgarça , Calcina , paralisa -me uma continuação manancial

De palavras .

 

 

JESSE BARBOSA DE OLIVEIRA