O OLHAR DE UM CÃO
Meu Cão me Olha . Olha
Como se estivesse com medo ;
Como Querendo me timidar argutamente ;
Como um tentar Dizer Algo me o Qual Não Saiba Sobre ELE.
Mas , então, eu, do alto da Minha jactante e mentecapta
Racionalidade ,
Não Consigo discerni - lo , compreendê- lo um bem da verdade :
A bem da verdade, compreendê- lo Quanto a Viagem da semântica de sabiá SUA e magicamente enigmatica
Mensagem !
Daí, Ele sai e Volta
Tal intermitente Processo UM e desordenado :
Perfeito em Ordem Caótica SUA . Perfeito Seu ciclo em
Estanquemente contínuo, interminável !
Ah, Mas Neste entreato ,
O Mesmo perscruta Outras paisagens : nuanças uniformes
De Cenário Mesmo um.
Ah Todavia , Toda Mão
Que Ele me enseja Este Olhar ,
Sou inundado Por Uma tsunâmica Impressão :
Impressão profunda ! Ah, Que Minha Pessoa
De emoção derruba .
Fico perplexo Como o Mesmo em minh'alma penetra ,
Até então impermeável , inalienável , intacta , sem mácula , Incorrupta !
Em Resposta , tão Consigo dar LHE
O Meu açaimar Por conta da incompreensão Que Tenho
Sobre Aquele Olhar Que Ele me Lança .
Ah, Aquele Olhar me fascina ! Não, não É Aquele Olhar apenas,
Mas sim, Olhar Este. Sim, Exatamente , Olhar este, PORQUE , AO Ressonar em Minha cabeça , me desassossega e desorienta !
Ah, Mas Este Olhar emudeceu -me Completamente uma pretensa Percepção Que julgava Possuir Em relação à fauna.
Ah Olhar , Este: O OLHAR DE UM CAO doe- me N'ALMA !
Ah, sim, Toda Mão Que Os Meus Olhos COM OS SEUS se deparam ,
Este Seu Olhar esgarça , Calcina , paralisa -me uma continuação manancial
De palavras .
JESSE BARBOSA DE OLIVEIRA