DESCONSTRUÇÃO
Imerso no magnetismo do colchão,
Perco-me numa neblina de sonhos, miragens e vãs divagações.
Quando acordo,
Possuo apenas um poema
De índole vácua:
E sua teia é navalha
Que o corcel da mente escalavra,
Lancina e mata.
Seu legado é o soçobrar do fluído verbo.
Seu legado é a afasia do produtivo fazer poético.
Seu legado é a elisão do penetrante, sábio e facundo verso!
Assim, o que resta é um poetar sem eco, povo nem reflexo.
O que resta é um poetar sem alvenaria, alicerce, paredes e teto.
O que resta é um poetar com malária, chagásico, asceta, Acético!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA