DESCONSTRUÇÃO

10-02-2010 13:04

 

 

                               

 

 

 

Imerso no magnetismo do colchão,

Perco-me numa neblina de sonhos, miragens e vãs divagações.

Quando acordo,

Possuo apenas um poema

 

 

De índole vácua:

E sua teia é navalha

Que o corcel da mente escalavra,

Lancina e mata.

 

 

Seu legado é o soçobrar do fluído verbo.

Seu legado é a afasia do produtivo fazer poético.

Seu legado é a elisão do penetrante, sábio e facundo verso!

 

 

Assim, o que resta é um poetar sem eco, povo nem reflexo.

O que resta é um poetar sem alvenaria, alicerce, paredes e teto.

O que resta é um poetar com malária, chagásico, asceta, Acético! 

 

 

 

 

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA