ÁS PORTAS DA PSICODELIA POÉTICA

07-02-2010 13:44

 

 

     

Ando comendo água pela vastidão dos bares da mente.

Ando zarpando pelo Atlântico da memória náufraga, dolente e incontinenti!

Ando constantemente prenhe de paisagens

Pululantes e sôfregas por gente.

 

 

Ah,

Como eu queria

Que soubéssemos

Ser o errático bólide do córrego infrene:

 

Conhecendo o sentido de se estar

Com a planta dos pés na terra;

 

Levados pelo remanso

De se estar plenamente

Ao sabor do ar livre;

 

Dispostos a polenizar a matéria

Do desconhecido que

--- á nossa frente ---

Placidamente fica á espera.

 

 

Ando sob o efeito

Da alterosa poeira,

Deixada pela energia cinética das ideias

Quais rebentam dos pensamentos quânticos:

 

Olhar além da gravidade,

Cujo códice de leis nos circunscreve e rege;

 

Mergulhar no infinito oceano

De mundos paralelos,

Fervilhando nos átomos

Da nossa pele e osso;

 

Flutuar sobre a onipresente

Neblina da estupradora Tirania,

Juntando-me ás Estrelas

Que formem a Luz da Chama Coletiva

Para derrotarmos a pérfida Realeza da Hipocrisia

E parirmos --- finalmente ---

O Reino da Pax-Poesia.

 

                                                                                                          

 

 

Ah, que temeridade que digo:

A bem da verdade,

Estou comendo água demais por dias a fio! 

 

 

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA  

https://www.myspace.com/nirvanapoetico

·                                 https://twitter.com/jessebarbosa27