PALAVRAS DA NOITE
Todo dia quando a noite me emprenha,
Ouço vozes murmuradas
Bradarem-me por socorro dentro da cabeça estupefata:
Em verdade, são sonhos de uma humanidade
Linear, congraçável, sábia, senhora da equânime magnanimidade,
Que se dirimem ao dinâmico perpasso das marmóreas cidades.
Aí, o que tão-somente remanesce
É o amargo sabor da ferina frustração sádica
Qual ostenta um voraz sorriso de limalha.
Enfim sobra apenas o sol da liberdade
Esvaindo-se em Hipernova: Fantasmagórica Paisagem!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA